Programa-piloto de segurança voltado a jovens vai usar atividades esportivas e trabalho voluntário em sua estratégia de prevenção
da PrimaPagina
O programa-piloto de prevenção a violência entre jovens criado por seis agências da ONU em parceria com o Ministério da Justiça, implantado em Contagem (MG), Lauro de Freitas (BA) e Vitória (ES), vai incluir uma espécie de gincana educativa que mescla trabalho voluntário e atividades esportivas. Trata-se do projeto Mérito Juvenil, surgido no Reino Unido em 1956 e já aplicado em mais de 130 países, envolvendo 7 milhões de jovens.
A metodologia envolve uma sequência de ações voltadas a pessoas de 14 a 24 anos, em um período que varia de seis meses a dois anos. Eles escolhem as atividades e definem objetivos em quatro áreas: trabalho voluntário, esporte e atividade física, habilidades e competências pessoais e a chamada "jornada de aventuras" (por exemplo, expedições de observação da natureza e prática de esportes radicais). Não há competição entre os participantes; a ideia é que cada um complete seu ciclo de tarefas.
O objetivo é afastar os jovens da violência ao integrá-los nas atividades, ao debater com eles temas como drogas e violência e ao estimular o envolvimento com a comunidade, o desenvolvimento de suas habilidades, a responsabilidade e a dedicação para atingir metas traçadas.
Os três municípios onde o projeto será implantado foram escolhidos no ano passado para sediar o programa Segurança com Cidadania: Prevenindo a Violência e Fortalecendo a Cidadania, com Foco em Crianças, Adolescentes e Jovens em Condições Vulneráveis em Comunidades Brasileiras. A iniciativa, apoiada por PNUD, UNODC, UNICEF, UNESCO, UN-Habitat e OIT, visa prevenir a violência que afeta esses grupos, excluídos do sistema educativo ou envolvidos com drogas e tráfico.
A implantação do Mérito Juvenil em Contagem, Lauro de Freitas e Vitória ficará a cargo de organizações selecionadas pelo UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), que faz a intermediação com o gestor internacional do projeto, a Associação Internacional do Prêmio Duque de Edinburgo.
A ficha de inscrição e o edital já foram publicados. Podem participar organizações da sociedade civil (ONGs, Oscips e associações sem fins lucrativos) que já atuam em um dos três municípios ou em Belo Horizonte e Salvador. A data limite para o envio de propostas é 10 de junho.
As escolhidas vão receber um financiamento de até R$ 265 mil para um período de 20 meses. Elas devem atender no mínimo 750 jovens e adolescentes e podem escolher as atividades que serão realizadas dentro dos quatro eixos do projeto, de acordo com a realidade local.
Segundo André Luiz Videiras, oficial de desenvolvimento no Brasil da Associação Internacional do Prêmio Duque de Edinburgo, o desafio é fazer os participantes se divertirem durante os quatro eixos. Ao mesmo tempo, eles precisam enfrentar desafios, como tomar decisões e se planejar para cumprir as tarefas. “São mudanças de valores que demandam tempo. Não estamos falando de uma corrida de cem metros rasos, mas de uma maratona”, diz Videiras.
Além do Mérito Juvenil, o Segurança com Cidadania vai desenvolver outras ações dirigidas a prevenir a violência que afeta crianças, adolescentes e jovens. No total, serão destinados US$ 6 milhões durante 36 meses. Cada uma das seis agências da ONU envolvidas no programa é responsável por uma atividade, como diagnóstico da violência nos três municípios e implementação de um turno extra nas escolas da comunidade para atividades esportivas e culturais. O PNUD é responsável pela coordenação de todas essas ações.
terça-feira, 31 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
Redes sociais influenciam 44% das empresas brasileiras a desclassificar candidatos em processos seletivos, afirma pesquisa
Informações negativas ou fotos inadequadas no Facebook, Twitter e Orkut podem determinar a avaliação
Por Rafael Farias Teixeira
As redes sociais passam a exercer um papel decisivo também nos processos seletivos de empresas. É o que afirma a Pesquisa Internacional de Mercado de Trabalho realizada pela empresa de recrutamento Robert Half com 2.525 executivos das áreas de finanças e de recursos humanos de 10 países. Para 44% dos brasileiros entrevistados, aspectos negativos encontrados em redes como Facebook, Twitter e Orkut seriam suficientes para desclassificar um candidato no processo de seleção. “A principal preocupação dessas empresas é constatar que o perfil nesses meios é muito diferente do que foi descrito no currículo”, afirma Ricardo Bevilacqua, diretor da Robert Half para a América Latina. Apenas 17% afirmam não se deixar influenciar pelas redes sociais, enquanto os 39% restantes dizem que fariam uma entrevista antes de tomar a decisão final.
Os executivos brasileiros também afirmaram que utilizam a rede LinkedIn para verificar a veracidade das referências apresentadas nos currículos dos candidatos a uma vaga de emprego. 46% deles fazem isso sempre, enquanto 43% fazem essa verificação apenas com os candidatos que já foram entrevistados. Mas como discernir que aspectos da rede fazem parte apenas da vida pessoal da pessoa? “ Quem contrata sempre busca aspectos profissionais na hora de descartar o candidato; as questões pessoais são analisadas em outro nível, como, por exemplo, saber se o candidato faz algum tipo de trabalho voluntário, o que com certeza conta como um ponto positivo”, afirma Bevilacqua. “Os temas que mais causam desclassificação são relacionados a sexo e a qualquer tipo de discriminação.”
O que as empresas querem
Os executivos brasileiros também afirmaram que utilizam a rede LinkedIn para verificar a veracidade das referências apresentadas nos currículos dos candidatos a uma vaga de emprego. 46% deles fazem isso sempre, enquanto 43% fazem essa verificação apenas com os candidatos que já foram entrevistados. Mas como discernir que aspectos da rede fazem parte apenas da vida pessoal da pessoa? “ Quem contrata sempre busca aspectos profissionais na hora de descartar o candidato; as questões pessoais são analisadas em outro nível, como, por exemplo, saber se o candidato faz algum tipo de trabalho voluntário, o que com certeza conta como um ponto positivo”, afirma Bevilacqua. “Os temas que mais causam desclassificação são relacionados a sexo e a qualquer tipo de discriminação.”
O que as empresas querem
Para Bevilacqua os processos de recrutamento no Brasil estão se tornando cada vez mais desenvolvidos, aproximando-se de padrões internacionais. “As empresas sabem que precisam ser mais assertivas nesse aspecto, porque os custos relacionados a uma contratação errada são muito altos”, explica.
Segundo a pesquisa, a primeira coisa que a maior parte (36%) das empresas brasileiras analisa em um currículo é a experiência profissional do candidato; 29% delas buscam as qualificações profissionais, que seriam adquiridas em trabalhos anteriores, e 13% conferem primeiro a formação do candidato.
Todas as empresas sabem que, para conseguir vantagem no processo seletivo, alguns concorrentes à vaga costumam exagerar no currículo. Para 48% dos entrevistados, o candidato faz isso nas responsabilidades que teve no seu trabalho anterior ou atual; 46% acreditam que isso ocorre nas habilidades em idiomas; 42% afirmam que eles exageram na hora de explicar os reais motivos para deixar seu trabalho anterior / atual. Nenhuma das empresas entrevistadas afirmou que acredita que os concorrentes não mentem em nenhum dos quesitos listados.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
'Inclusão pode gerar lucro a empresários'
Representante do PNUD no Brasil convida pequenas empresas a fazer grandes negócios sem deixar de contribuir para o desenvolvimento
da PrimaPagina
O coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil e representante-residente do PNUD no país, Jorge Chediek, fez um convite às pequenas empresas para que, a exemplo das grandes, realizem um “bom negócio” ao contribuir para o desenvolvimento. O apelo foi anunciado na quinta-feira (19), durante a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI 2011), em Curitiba.
“Nosso objetivo é convidar as empresas a contribuírem com o desenvolvimento, além de gerar lucro. As grandes empresas já fazem isso, na sua maioria, mas queremos agora incentivar as pequenas a participar”, afirmou Chediek. “É possível fazer as duas coisas: gerar lucro e contribuir com o desenvolvimento fazendo um ‘bom negócio’”, completou, ao participar do painel “Setor Privado: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Pacto Global e Business Call to Action (BCtA)”.
Na ocasião, o representante do PNUD assinou também um memorando de entendimento com a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) para promover ações que envolvam as três iniciativas da ONU que deram nome ao painel, que apresentou alternativas de inclusão tanto na área de responsabilidade social quanto de negócio das empresas.
Durante a Cúpula do Milênio, em 2000, 189 chefes de estado aprovaram a Declaração do Milênio, um compromisso político que trazia oito grandes objetivos socioeconômicos, denominados ODM, a serem alcançados até 2015. Já o Pacto Global tem o objetivo de mobilizar o setor empresarial para incluir, nas suas práticas de negócios, valores nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
E a iniciativa global BCtA tem como propósito, além de acelerar o progresso para o cumprimento dos oito ODM, promover modelos de negócios inclusivos que contribuam para objetivos empresariais e de desenvolvimento no longo prazo.
“O Brasil já é destaque mundial no Pacto Global pelo número de empresas signatárias e também pela efetividade na parceria entre os três setores da sociedade”, declarou o secretário-executivo do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.
O trabalho para o alcance dos ODM no Paraná também foi destacado pelo presidente da Fiep. “O Movimento Nós Podemos Paraná criou uma estratégia de mobilização e cooperação para o alcance dos ODM que está sendo estendida para todo o Brasil. Já conseguimos alcançar sete dos oito objetivos no Paraná e a mortalidade materna ainda é o nosso grande desafio. Para reverter este quadro precisamos de uma efetiva participação do poder público”, acrescentou.
“Os ODM são uma causa de toda a sociedade. É uma iniciativa dos cidadãos, por isso cada um pode fazer a sua parte”, afirmou, por sua vez, a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago Udenal.
Exemplos corporativos
Representantes do mundo corporativo também participaram do painel “Setor Privado: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Pacto Global e Business Call to Action (BCtA)” e destacaram a importância da iniciativa.
Em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, a Volkswagen já desenvolve ações para a comunidade localizada próxima à fábrica. “Não adianta fabricarmos 800 carros por dia e não termos para quem vender, por isso buscamos trazer a família dos nossos 6 mil funcionários e a comunidade para dentro da fábrica”, destacou a assistente social da empresa, Valéria Cruz.
Já segundo a gerente de comunicação da Petrobras Elisabete Pontes, em Araucária, também na região metropolitana de Curitiba, as empresas têm na Fiep e no Movimento Nós Podemos Paraná um apoio na organização das suas ações de responsabilidade social. “Essa ação organizada, chamando os três setores para participar do desenvolvimento dos municípios, é muito positiva para a sociedade”, destacou.
Leia também |
Acordo reúne empresas por inclusão e ODM Site reúne estudos sobre ação empresarial |
O coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil e representante-residente do PNUD no país, Jorge Chediek, fez um convite às pequenas empresas para que, a exemplo das grandes, realizem um “bom negócio” ao contribuir para o desenvolvimento. O apelo foi anunciado na quinta-feira (19), durante a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI 2011), em Curitiba.
“Nosso objetivo é convidar as empresas a contribuírem com o desenvolvimento, além de gerar lucro. As grandes empresas já fazem isso, na sua maioria, mas queremos agora incentivar as pequenas a participar”, afirmou Chediek. “É possível fazer as duas coisas: gerar lucro e contribuir com o desenvolvimento fazendo um ‘bom negócio’”, completou, ao participar do painel “Setor Privado: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Pacto Global e Business Call to Action (BCtA)”.
Na ocasião, o representante do PNUD assinou também um memorando de entendimento com a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) para promover ações que envolvam as três iniciativas da ONU que deram nome ao painel, que apresentou alternativas de inclusão tanto na área de responsabilidade social quanto de negócio das empresas.
Durante a Cúpula do Milênio, em 2000, 189 chefes de estado aprovaram a Declaração do Milênio, um compromisso político que trazia oito grandes objetivos socioeconômicos, denominados ODM, a serem alcançados até 2015. Já o Pacto Global tem o objetivo de mobilizar o setor empresarial para incluir, nas suas práticas de negócios, valores nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
E a iniciativa global BCtA tem como propósito, além de acelerar o progresso para o cumprimento dos oito ODM, promover modelos de negócios inclusivos que contribuam para objetivos empresariais e de desenvolvimento no longo prazo.
“O Brasil já é destaque mundial no Pacto Global pelo número de empresas signatárias e também pela efetividade na parceria entre os três setores da sociedade”, declarou o secretário-executivo do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.
O trabalho para o alcance dos ODM no Paraná também foi destacado pelo presidente da Fiep. “O Movimento Nós Podemos Paraná criou uma estratégia de mobilização e cooperação para o alcance dos ODM que está sendo estendida para todo o Brasil. Já conseguimos alcançar sete dos oito objetivos no Paraná e a mortalidade materna ainda é o nosso grande desafio. Para reverter este quadro precisamos de uma efetiva participação do poder público”, acrescentou.
“Os ODM são uma causa de toda a sociedade. É uma iniciativa dos cidadãos, por isso cada um pode fazer a sua parte”, afirmou, por sua vez, a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago Udenal.
Exemplos corporativos
Representantes do mundo corporativo também participaram do painel “Setor Privado: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Pacto Global e Business Call to Action (BCtA)” e destacaram a importância da iniciativa.
Em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, a Volkswagen já desenvolve ações para a comunidade localizada próxima à fábrica. “Não adianta fabricarmos 800 carros por dia e não termos para quem vender, por isso buscamos trazer a família dos nossos 6 mil funcionários e a comunidade para dentro da fábrica”, destacou a assistente social da empresa, Valéria Cruz.
Já segundo a gerente de comunicação da Petrobras Elisabete Pontes, em Araucária, também na região metropolitana de Curitiba, as empresas têm na Fiep e no Movimento Nós Podemos Paraná um apoio na organização das suas ações de responsabilidade social. “Essa ação organizada, chamando os três setores para participar do desenvolvimento dos municípios, é muito positiva para a sociedade”, destacou.
domingo, 15 de maio de 2011
Deputados conhecem projeto Acolhe Alagoas em Marechal Deodoro
Nesta segunda-feira (16), o secretário de Estado da Promoção da Paz, Jardel Aderico, fará uma visita à Comunidade Acolhedora Nova Jericó, em Marechal Deodoro, acompanhado por deputados estaduais e pelo deputado federal Givaldo Carimbão, relator da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, criada para promover estudos e proposições de políticas públicas e projetos para o combate ao crack e outras drogas.
A oportunidade servirá para os parlamentares conhecerem o Projeto Acolhe Alagoas, executado pela Sepaz, que, desde 2010, vem fortalecendo 14 comunidades acolhedoras no Estado, com uma melhoria na estruturação física, criando e reformando leitos. A comunidade Nova Jericó foi escolhida por ser considerada um das referências no que diz respeito à recuperação de dependentes em Alagoas.
Segundo o secretário Jardel Aderico, a visita terá um importante papel dentro do andamento do programa, pois os deputados poderão ver, na prática, o que está sendo feito e, a partir disso, aumentar o apoio e promover ações que fortaleçam ainda mais o Acolhe Alagoas.
Os deputados Antônio Albuquerque, Edval Gaia, Inácio Loyola, Jeferson Morais, João Henrique caldas, Judson Cabral, Luiz Dantas, Marquinhos Madeira, Nelito Gomes de Barros, Ricardo Nezinho e Ronaldo Medeiros confirmaram presença no evento.
A Nova Jericó fica localizada na rua Cidade de Lima, s/n – Loteamento das Pedras, Qd. 01 – Lote 12, próximo à Rádio Imperial de Marechal Deodoro.
sábado, 7 de maio de 2011
BOAS PRÁTICAS PARA UMA BOA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Os projetos sociais direcionados a educação e ao laser são sem dúvidas práticas importantes de uma boa Administração Pública que se preocupa com o cidadão. Bons exemplos devem serem seguidos, como o de Arapiraca e Anadia.


terça-feira, 3 de maio de 2011
Importância do Ensino no Combate à desigualdade
Brasília, 03/05/2011Evento no DF reúne experts em educaçãoSeminário destaca importância do ensino no combate à desigualdade; especialistas reafirmam necessidade de investimentos em qualidade
daPrimaPagina
Especialistas de Brasil, Índia, Coreia do Sul, Estados Unidos e Argentina se reúnem em Brasília a partir desta terça-feira no Seminário Internacional Educação e Desenvolvimento – Integrando Políticas. Durante os três dias de evento, os participantes debaterão o papel da educação na promoção do desenvolvimento e no combate às desigualdades sociais.
Um dos objetivos é responder ao atual momento da economia brasileira, que cresce a taxas elevadas mas precisa que a educação seja um de seus componentes estruturantes, diz Wagner Santana, oficial de projetos de educação da UNESCO e coordenador do seminário. “Procuramos reunir representantes de países que vivem ou viveram experiências semelhantes à nossa, com o objetivo de compartilharmos dificuldades e soluções”, afirma.
Ele cita com exemplo positivo a Coreia do Sul, que implementou um conjunto de medidas relacionadas a valorização docente, construção de um modelo de ensino inclusivo e formação para o mundo do trabalho. “Dentro desse pacote coreano, tem aumento nos investimentos, mas também tem uma visão estratégica de integrar as políticas educacionais às de desenvolvimento. E, no Brasil, nós ainda pensamos isso de forma muito isolada”, avalia.
Na abertura do evento, um dos temas mais destacados foi a necessidade de se investir na qualidade da educação. A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, comparou o Brasil a um espadachim, que tem de lutar com vários problemas ao mesmo tempo, "com a tarefa não cumprida e com os novos desafios". A grande maioria das crianças está na escola, observou, o que é um grande avanço, mas quando chegam ao fim do ciclo escolar ainda não estão bem preparadas. "O grande desafio é unir quantidade de qualidade", comentou. O representante-adjunto da UNESCO no Brasil, Lucien Muñoz, apresentou diagnóstico semelhante: muito ainda precisa ser feito, especialmente no que se refere ao acesso à educação de qualidade.
O coordenador da ONU e do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, observou que a dimensão do debate mudou, o que é bom. Ele mencionou um evento de que participou na Turquia, há 20 anos, com tema igual ao desta semana, mas que contou com apenas cinco horas de debate — e não três dias, como o evento desta semana. “Naquela época, em cinco horas de debate, achava-se que boa parte dos problemas poderia ser discutida em pouco tempo e que o fundamental era aumentar a oferta de educação — construir escolas, contratar professores, incentivar os pais a enviarem seus filhos à sala de aula. Hoje, o debate está mais complexo, e não se limita a dinheiro ou ampliação do número de escolas”, lembrou.
Essa complexidade se reflete no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Ao comemorar 20 anos de existência, o Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD trouxe, no final do ano passado, inovações e novas propostas de acompanhamento da educação, um dos pilares do indicador. “O índice, que antes media o nível de acesso à escola e o nível de analfabetismo, agora segue critérios mais complexos, como a média de anos de escolaridade e os anos esperados de estudo”, disse Chediek. Em termos práticos, segundo ele, isso demonstra que o acompanhamento e a evolução das políticas de educação tornaram-se desafios mais complexos do que eram há duas décadas.
"Espero que, durantes estes três dias de debate, possamos gerar respostas traduzíveis em compromissos políticos e financeiros de longo prazo, para termos as políticas educativas de que o país precisa”, afirmou, destacando que o tema precisa ser inserido numa dimensão social maior — se os pais não têm compromisso com a educação das crianças, por exemplo, os resultados não serão tão eficientes como poderiam ser. "A boa notícia é que, no Brasil, o Sistema ONU e o governo têm trabalho juntos em projetos que mostram que é possível melhorar a qualidade da educação. Ou seja, o desafio não é impossível".
Também participaram da mesa de abertura o diretor de Estudos e Políticas Sociais do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Jorge Abraão, Elba Barretto, da Fundação Carlos Chagas, e representantes do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Inovação
Na quarta, o destaque será a indiana Preet Rustagi, do Instituto de Desenvolvimento Humano de Nova Déli, Índia, que vai falar sobre educação e desenvolvimento humano, social e econômico. No mesmo dia, o professor norte-americano John Bishop, da Universidade de Cornell, Estados Unidos, fará uma análise das experiências de nações como Estados Unidos, Índia e Coreia do Sul.
O último dia do seminário contará com a presença de Romualdo Portela, professor de política educacional da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), que apresentará os resultados de um estudo inédito sobre o papel atribuído à educação em programas do governo federal, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Fundo Social do Pré-Sal, e o Plano de Desenvolvimento da Educação.
O especialista cita algumas áreas nas quais o país tem apresentado bom desempenho justamente por conta de investimentos em inovação, como aeronáutica, agricultura e prospecção em águas profundas. Porém, ele acredita que a presença da educação no conjunto das iniciativas governamentais ainda está muito ancorada no discurso, sem se materializar em ações.
“Falta uma visão de crescimento que vá além da capacidade produtiva e contemple a inclusão social e a cidadania, por exemplo”, afirma. “Não é mais possível, no mundo globalizado, obter desenvolvimento sem investir em educação, pois o maior valor agregado na economia de hoje é o conhecimento.”
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Especialistas de Brasil, Índia, Coreia do Sul, Estados Unidos e Argentina se reúnem em Brasília a partir desta terça-feira no Seminário Internacional Educação e Desenvolvimento – Integrando Políticas. Durante os três dias de evento, os participantes debaterão o papel da educação na promoção do desenvolvimento e no combate às desigualdades sociais.
Um dos objetivos é responder ao atual momento da economia brasileira, que cresce a taxas elevadas mas precisa que a educação seja um de seus componentes estruturantes, diz Wagner Santana, oficial de projetos de educação da UNESCO e coordenador do seminário. “Procuramos reunir representantes de países que vivem ou viveram experiências semelhantes à nossa, com o objetivo de compartilharmos dificuldades e soluções”, afirma.
Ele cita com exemplo positivo a Coreia do Sul, que implementou um conjunto de medidas relacionadas a valorização docente, construção de um modelo de ensino inclusivo e formação para o mundo do trabalho. “Dentro desse pacote coreano, tem aumento nos investimentos, mas também tem uma visão estratégica de integrar as políticas educacionais às de desenvolvimento. E, no Brasil, nós ainda pensamos isso de forma muito isolada”, avalia.
Na abertura do evento, um dos temas mais destacados foi a necessidade de se investir na qualidade da educação. A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, comparou o Brasil a um espadachim, que tem de lutar com vários problemas ao mesmo tempo, "com a tarefa não cumprida e com os novos desafios". A grande maioria das crianças está na escola, observou, o que é um grande avanço, mas quando chegam ao fim do ciclo escolar ainda não estão bem preparadas. "O grande desafio é unir quantidade de qualidade", comentou. O representante-adjunto da UNESCO no Brasil, Lucien Muñoz, apresentou diagnóstico semelhante: muito ainda precisa ser feito, especialmente no que se refere ao acesso à educação de qualidade.
O coordenador da ONU e do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, observou que a dimensão do debate mudou, o que é bom. Ele mencionou um evento de que participou na Turquia, há 20 anos, com tema igual ao desta semana, mas que contou com apenas cinco horas de debate — e não três dias, como o evento desta semana. “Naquela época, em cinco horas de debate, achava-se que boa parte dos problemas poderia ser discutida em pouco tempo e que o fundamental era aumentar a oferta de educação — construir escolas, contratar professores, incentivar os pais a enviarem seus filhos à sala de aula. Hoje, o debate está mais complexo, e não se limita a dinheiro ou ampliação do número de escolas”, lembrou.
Essa complexidade se reflete no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Ao comemorar 20 anos de existência, o Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD trouxe, no final do ano passado, inovações e novas propostas de acompanhamento da educação, um dos pilares do indicador. “O índice, que antes media o nível de acesso à escola e o nível de analfabetismo, agora segue critérios mais complexos, como a média de anos de escolaridade e os anos esperados de estudo”, disse Chediek. Em termos práticos, segundo ele, isso demonstra que o acompanhamento e a evolução das políticas de educação tornaram-se desafios mais complexos do que eram há duas décadas.
"Espero que, durantes estes três dias de debate, possamos gerar respostas traduzíveis em compromissos políticos e financeiros de longo prazo, para termos as políticas educativas de que o país precisa”, afirmou, destacando que o tema precisa ser inserido numa dimensão social maior — se os pais não têm compromisso com a educação das crianças, por exemplo, os resultados não serão tão eficientes como poderiam ser. "A boa notícia é que, no Brasil, o Sistema ONU e o governo têm trabalho juntos em projetos que mostram que é possível melhorar a qualidade da educação. Ou seja, o desafio não é impossível".
Também participaram da mesa de abertura o diretor de Estudos e Políticas Sociais do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Jorge Abraão, Elba Barretto, da Fundação Carlos Chagas, e representantes do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Inovação
Na quarta, o destaque será a indiana Preet Rustagi, do Instituto de Desenvolvimento Humano de Nova Déli, Índia, que vai falar sobre educação e desenvolvimento humano, social e econômico. No mesmo dia, o professor norte-americano John Bishop, da Universidade de Cornell, Estados Unidos, fará uma análise das experiências de nações como Estados Unidos, Índia e Coreia do Sul.
O último dia do seminário contará com a presença de Romualdo Portela, professor de política educacional da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), que apresentará os resultados de um estudo inédito sobre o papel atribuído à educação em programas do governo federal, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Fundo Social do Pré-Sal, e o Plano de Desenvolvimento da Educação.
O especialista cita algumas áreas nas quais o país tem apresentado bom desempenho justamente por conta de investimentos em inovação, como aeronáutica, agricultura e prospecção em águas profundas. Porém, ele acredita que a presença da educação no conjunto das iniciativas governamentais ainda está muito ancorada no discurso, sem se materializar em ações.
“Falta uma visão de crescimento que vá além da capacidade produtiva e contemple a inclusão social e a cidadania, por exemplo”, afirma. “Não é mais possível, no mundo globalizado, obter desenvolvimento sem investir em educação, pois o maior valor agregado na economia de hoje é o conhecimento.”
7 convicções que podem alavancar sua carreira
1. A transformação humana é possível sempre.
2. Algo tem que melhorar.
3. Eu tenho que melhorar.
4. Eu posso melhorar.
5. Eu sou o responsável pela melhoria.
6. Tudo o que me acontece é positivo.
7. Tudo o que eu preciso está em mim.
Se você tiver essas convicções, se acreditar e vivê-las, pode ter certeza de que sua carreira estará sempre em melhoria constante e incessante, porque creio que a felicidade e o sucesso vitalício estão nessa melhoria contínua.Fernando Viel é presidente da Viel Treinamentos – Academia Mundial de PNL e coaching e especialista em psicologia da mudança. Master e trainer em PNL.
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