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O coordenador-residente do Sistema ONU no Brasil e representante-residente do PNUD no país, Jorge Chediek, fez um convite às pequenas empresas para que, a exemplo das grandes, realizem um “bom negócio” ao contribuir para o desenvolvimento. O apelo foi anunciado na quinta-feira (19), durante a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI 2011), em Curitiba.
“Nosso objetivo é convidar as empresas a contribuírem com o desenvolvimento, além de gerar lucro. As grandes empresas já fazem isso, na sua maioria, mas queremos agora incentivar as pequenas a participar”, afirmou Chediek. “É possível fazer as duas coisas: gerar lucro e contribuir com o desenvolvimento fazendo um ‘bom negócio’”, completou, ao participar do painel “Setor Privado: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Pacto Global e Business Call to Action (BCtA)”.
Na ocasião, o representante do PNUD assinou também um memorando de entendimento com a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) para promover ações que envolvam as três iniciativas da ONU que deram nome ao painel, que apresentou alternativas de inclusão tanto na área de responsabilidade social quanto de negócio das empresas.
Durante a Cúpula do Milênio, em 2000, 189 chefes de estado aprovaram a Declaração do Milênio, um compromisso político que trazia oito grandes objetivos socioeconômicos, denominados ODM, a serem alcançados até 2015. Já o Pacto Global tem o objetivo de mobilizar o setor empresarial para incluir, nas suas práticas de negócios, valores nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
E a iniciativa global BCtA tem como propósito, além de acelerar o progresso para o cumprimento dos oito ODM, promover modelos de negócios inclusivos que contribuam para objetivos empresariais e de desenvolvimento no longo prazo.
“O Brasil já é destaque mundial no Pacto Global pelo número de empresas signatárias e também pela efetividade na parceria entre os três setores da sociedade”, declarou o secretário-executivo do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.
O trabalho para o alcance dos ODM no Paraná também foi destacado pelo presidente da Fiep. “O Movimento Nós Podemos Paraná criou uma estratégia de mobilização e cooperação para o alcance dos ODM que está sendo estendida para todo o Brasil. Já conseguimos alcançar sete dos oito objetivos no Paraná e a mortalidade materna ainda é o nosso grande desafio. Para reverter este quadro precisamos de uma efetiva participação do poder público”, acrescentou.
“Os ODM são uma causa de toda a sociedade. É uma iniciativa dos cidadãos, por isso cada um pode fazer a sua parte”, afirmou, por sua vez, a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago Udenal.
Exemplos corporativos
Representantes do mundo corporativo também participaram do painel “Setor Privado: os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Pacto Global e Business Call to Action (BCtA)” e destacaram a importância da iniciativa.
Em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, a Volkswagen já desenvolve ações para a comunidade localizada próxima à fábrica. “Não adianta fabricarmos 800 carros por dia e não termos para quem vender, por isso buscamos trazer a família dos nossos 6 mil funcionários e a comunidade para dentro da fábrica”, destacou a assistente social da empresa, Valéria Cruz.
Já segundo a gerente de comunicação da Petrobras Elisabete Pontes, em Araucária, também na região metropolitana de Curitiba, as empresas têm na Fiep e no Movimento Nós Podemos Paraná um apoio na organização das suas ações de responsabilidade social. “Essa ação organizada, chamando os três setores para participar do desenvolvimento dos municípios, é muito positiva para a sociedade”, destacou.
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