CHUVAS DEIXAM FAMILIAS DESALOJADAS

Águas da Lagoa Manguaba subiram e inundaram casas às suas margens, de onde moradores tiveram de sair às pressas

 

FÁTIMA ALMEIDA - Repórter

Foto: Ailton Cruz

 

Em Marechal, canoa é utilizada para retirar moradores que tiveram as casas inundadas

Marechal Deodoro – A chuva deixou mais de 50 famílias desalojadas no município de Marechal Deodoro. As águas da Lagoa Manguaba subiram rapidamente e inundaram casas nos bairros Poeira, Taperaguá e Riacho Velho, surpreendendo os moradores, na madrugada de ontem. A maioria teve que sair de casa de canoa, levando móveis e objetos pessoais.
A dona de casa Silvânia Albuquerque transportou os lastros da cama na cabeça, até um alojamento improvisado pela prefeitura, na sede do Clube Grêmio Deodorense. Residente na Vila Anastácia, no bairro da Poeira, não é a primeira vez que ela enfrenta uma situação como essa. “No ano passado, foi a mesma coisa. Quem mora aqui nessa área já vive com medo e esperando que um dia alguém olhe para nós e arrume um lugar melhor para a gente viver”, diz ela.
Situação pior vivem os vizinhos, do Beco do Amâncio, por trás do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Cristiane Tibúrcio teve que sair às pressas, com a filha pequena.

Erosão deixa rodovia BR-424 interditada
Marechal Deodoro – O fechamento da BR-424 – mais conhecida como a estrada do Polo – em Marechal Deodoro, atrapalhou a vida de muita gente, na manhã de ontem, sobretudo de quem pensava em chegar ao Polo Petroquímico pela AL-101 Sul. Os desavisados esbarraram no bloqueio, no posto policial, e tiveram que buscar alternativas entre atravessar a ponte a pé e pegar um transporte do outro lado ou retornar e encarar o percurso muito maior, por Maceió, via Tabuleiro do Martins, ou pela cidade de Marechal Deodoro.
A rodovia estava fechada desde as primeiras horas da manhã de domingo, em decorrência de uma erosão nas cabeceiras da ponte, provocada pela chuva intensa que caiu no fim de semana. A perspectiva inicial era de que a passagem fosse liberada após um reforço paliativo. Porém, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a persistência da chuva atrapalhou o trabalho de recuperação.

Gazeta de Alagoas